O eterno “menino” Ney

No jogo entre Brasil x Bolívia, pelas eliminatórias da Copa 2026, Neymar superou a marca de Pelé, como maior artilheiro do Brasil em jogos oficiais.

Embora exista discordância entre os números da FIFA e da CBF – Neymar superou Pelé nos números da FIFA – é um feito notável.

Nos dias após o jogo, li absurdos da turma de sempre, os “parças” de Neymar, que proliferam como moscas na imprensa.

Em tudo, o equilíbrio e a sensatez deveriam ser a regra, mas não é. Para os extremistas, Neymar é um mimizento, mimado, que vive simulando sofrer faltas inexistentes. Para outros, é o maior craque brasileiro de todos os tempos, pois é, sem dúvida, o mais bem sucedido da história, financeiramente falando.

A história de Neymar renderia um bom filme. Apontado desde cedo como o sucessor de Pelé, foi o protagonista da grande conquista, pelo Santos, do último Brasileirão antes do formato de pontos corridos. Robinho e Diego eram os coadjuvantes.

Sua ida para a Europa, com muitos vasculhando sua vida pessoal, seus namoros, a eterna expectativa da torcida brasileira, tudo isso somado a uma ascensão midiática absurda, exige uma personalidade de ferro.

A Copa de 2014, realizada no Brasil, era aguardada como a coroação de sua carreira, com a conquista do título em casa, diante da torcida brasileira. A covarde agressão do colombiano Zuniga, nas oitavas, além de tura-lo da Copa, nitidamente desfalcou e abalou o time brasileiro.

Seríamos campeões com Neymar em campo? Jamais saberemos.

Voltando ao presente, Neymar divide torcedores. Apesar do carinho dedicado a ele no Mangueirão , em Belém, no dia seguinte ao jogo as redes sociais estampacam postagens dele com um patético “contra tudo e contra todos”.

Partindo de um sujeito de 31 anos, milionário, que deveria estar de bem com a vida, apenas revela que ele continua sendo um menino.

A maturidade chegará algum dia?

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