No Brasileirão de 2011, o meu Vasco foi ruidosamente garfado nos dois jogos contra o Flamengo, por obra e graça de um árbitro chamado Péricles Bassols.
Dois pênaltis óbvios, evidentes, um em cada jogo. Mas foram ignorados pelo “homem de preto”.
Como ambos os jogos terminaram empatados, o Vasco perdeu quatro pontos. Ao final do campeonato, o Vasco perderia o título por uma diferença de dois pontos.
Um erro humano que custou um título, premiações, relevância, etc.
Aí veio o VAR, apontado por todos como a implementação da justiça no mundo aleatório do futebol. Seria o fim dos erros grosseiros, dos casuísmos, das interpretações equivocadas. Ledo engano.
Ontem, no empate entre Corinthians x Grêmio, no final do jogo, ocorreu um dos pênaltis mais escandalosos dos últimos tempos.
O chute do atacante do Grêmio é claramente interceptado pelo braço do jogador Yuri Alberto. Pela regra atual, bola bateu no braço, é pênalti.
Caso o pênalti fosse marcado, talvez o Grêmio vencesse – o jogo terminou empatado em 4×4 – e o Corinthians estaria mais complicado.
Mas hoje a imprensa apresentou as desculpas surradas da comissão de arbitragem e da famosa sala do VAR. Talvez porque o erro atingiu um gigante, todos os envolvidos (VAR e árbitros)foram afastados.M
Mas como é praxe, em breve estarão de volta. Quem sabe recebam até o privilégio de apitar uma final de campeonato.
E assim, o futebol, que cada vez mais movimenta milhões de reais, com salários astronômicos, contratos publicitários milionários, estruturas gigantescas de negócios, continua à mercê do “homem de preto”.
A diferença é que agora, ele conta com a “ajuda” do VAR. Ao invés de um, são dois a errar.
Existe um axioma em administração que ensina que uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco.
Atualmente, os árbitros são o elo mais fraco.