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Um grande campeão

A inédita Copa do Brasil, conquistada pelo São Paulo, teve vários componentes dramáticos, alguns até espetaculares.

A começar pela ironia do destino, que pôs frente a frente, o técnico Dorival Junior e o clube que o dispensou após suas últimas conquistas.

Outro fator, lembrado pelo técnico do São Paulo na coletiva, foi a forma como o time paulista foi tratado por parte da mídia esportiva antes do primeiro jogo decisivo. Houve comentarista afirmando que o tricolor paulista seria “atropelado no Maracanã pelo Flamengo”.

Mais um elemento de superação: após o jogo, o centroavante argentino Calleri revelou que há seis meses vem jogando no sacrifício, sofrendo com uma lesão. Agora vai parar, se submeter a cirurgia e provavelmente só retorna ano que vem.

A partida decisiva, por si, não foi um jogo bonito.

Com a vantagem em mãos, o dono da casa tentava fazer o tempo passar e conseguia, apesar de uma certa sonolência de alguns jogadores.

Acabou acordando com o gol de Bruno Henrique, no final do primeiro tempo. A torcida do Flamengo ainda comemorava quando Rodrigo Nestor acertou um míssil de fora de área, empatando o jogo.

Sob um calor insuportável, o segundo tempo mostrou um desgaste acentuado das equipes. Alguns jogadores, como Calleri e Gerson, davam sinais evidentes de exaustão.

O São Paulo segurou o ímpeto do time rubro-negro, sobretudo na reta final e conquistou o merecido título.

Ao Flamengo, mais um vice e combustível para a crise que incendeia a Gávea. Já há, entre a torcida e comentaristas, que tema pela classificação para a Libertadores.

O São Paulo embala

O São Paulo fez valer o fator campo, o apoio de sua torcida, um elenco equilibrado e derrotou o Corinthians ontem, no segundo jogo da semi-final da Copa do Brasil.

O Corinthians, que havia vencido o jogo de ida por 2×1, podia perder por um gol, o que levaria a decisão da vaga para os pênaltis.

Mas foi espremido pelo dono da casa desde o início. Recuado e sem jogadores de velocidade para puxar os contra-ataques, era presa fácil.

O primeiro gol do São Paulo, num belo chute de Wellington Rato, mostrou a conhecida sonolência da marcação do time alvinegro.

O Corinthians continuou recuado, sem criatividade e o segundo gol saiu numa bela jogada pelo alto, com Wellington Rato escorando de cabeça para a entrada de Lucas, que acertou a trave e no rebote entrou com bola e tudo, trombando com Cássio.

No segundo tempo, com a vantagem no bolso, o time da casa recuou, Luxa mexeu bem no Timão e o jogo melhorou.

O goleiro Cássio, prá variar, fez defesas importantes, com destaque para um milagre num chute de Lucas, na pequena área.

Mas com um ataque atabalhoado, sem criatividade, jogando só na base da empolgação, não tinha como o Corinthians avançar.

Corinthians passou a impressão de quem foi até longe demais.

São Paulo pinta como favorito ao título.